Teoricamente a escravidão no Brasil acabou em em 1888 e, ainda hoje, surgem denúncias de que o trabalho escravo persiste em algumas regiões do país. O Nordeste é um tradicional celeiro de mão-de-obra barata e fornece trabalhadores, principalmente, para as grandes usinas de álcool, empresas de reflorestamento, construção civil e empregados domésticos.
A maioria desta mão-de-obra, fugindo da seca e da falta de trabalho em suas comunidades de origem, e na certeza de "dias melhores estão por vim", se aventura, ou melhor, sem nenhuma outra opção, acabam migrando em busca da sobrevivência para várias regiões brasileiras, alguns até para o exterior.
Ainda ontem a noite(sexta- feira, 13/06), o programa Câmera Record exibido na Rede Recor, mostrou a captura de algumas pessoas que estavam abrindo a mata para criar pasto para o gado, em condições sub- humanas na Amazônia. O que será que passa pela cabeça desses donos de fazendas que contratam essas pessoas e as deixam nessas condições? Como será que uma pessoa dessa consegue durmir a noite ou pedir a Deus dias melhores....??? Fui dormir chocada com as imagens que vi na tv e hoje a única reação que eu pude ter foi vim aqui e dividir com vocês toda a minha indignação.
Daiane Paz
2 comentários:
Ola Daiane,
Vi um pedaço da reportagem na record e realmente me impressionei pelo de fato de haver acontecimentos tão retrográdos no Brasil em pleno século XXI. Mais chocante ainda é saber que existem pesssoas que se submetem a estas condições desumanas pra atender suas necessidades fisiológicas básicas tais como a fome, a sede, o sono, o abrigo. E o mais curioso na minha opinião é que ambos trabalhadores e patrões agem quase da mesma forma. Enquanto os grandes agricultores exploram os trabalhadores pra aumentar seus lucros na produção e satisfazer necessidades muitas vezes superfulas de consumo os trabalhadores mantem-se submissos sobre estas condições de exploração, sem reação. Não que a culpa seja deles mas de fato a passividade em aceitar essa situação nos remete a necessidade de reflexão do ser humano sobre a própia vida que se leva, sobre a vida que levamos e que em muitos casos é semelhante a deles so que em outra esfera.
Daiane, quem é o autor dessa bela foto?
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